sábado, 16 de maio de 2009

Roteiro de Peça Teatral

Este foi o resultado da atividade em que os alunos teriam que adaptar textos do gênero crônica para um roteiro de peça teatral.
A Aliança

Texto original de Luis Fernando Veríssimo.

Adaptação de Amanda F. Teixeira, Letícia F. M. Portes e Daniela Mol Vieira (Alunos do 8º Ano)

Atores:
AMIGO Marcos Filipe V. Ribas
AMIGA Amanda F. Teixeira
MARIDO Carlos Eduardo (cena 1) Alexandre M. O. Portes (cena 2 e 3)
MULHER Letícia F. M. Portes (cena 2) e Daniela Mol Vieira (cena 3)
Sr. JUCA Matheus G. Luís
NARADOR Ramon Filipe Navarro


CENA 1: O marido está voltando para casa como faz com fidelidade rotineira. De repente o pneu de sua bicicleta fura. Por sorte encontra um casal de amigos que lhe oferece ajuda.

AMIGO Olá, aconteceu alguma coisa?
MARIDO Que bom que vocês chegaram para me ajudar. O pneu furou e eu esqueci meu celular.
AMIGO Amor, você está com seu celular aí?
AMIGA Sim. Pode deixar que eu ligo para o Sr. Juca. (Faz a ligação) Dentro de minutos, Sr. Juca estará aqui.
MARIDO Obrigado, amigos!
AMIGO Foi nada, amigo! (Sai de cena) Tchau!

Sr. JUCA Qual é o problema?
MARIDO O pneu furou. O senhor pode me ajudar?
Sr. JUCA Claro. (Troca a roda) Serviço terminado!

MARIDO Beleza! Quanto ficou o serviço?
Sr. JUCA 10 reais.
MARIDO (Abre a carteira e pede a aliança) OH, NÃO! Minha aliança. O que vou falar com minha mulher. (Senta no passeio. Poe a mão no rosto e começa a pensar)

CENA 2: O marido imagina o que acontecerá quando chegar em casa.

MARIDO Você não sabe o que aconteceu?
MULHER O que?
MARIDO Uma coisa incrível!
MULHER O que?
MARIDO Contando ninguém acredita.
MULHER Conta!
MARIDO Você não notou nada de diferente em mim? Não está faltando nada?
MULHER Não.
MARIDO Olhe! (Mostra o dedo sem a aliança)
MULHER O que aconteceu?
MARIDO Então... (Senta no sofá e faz mímicas de algum conversando)
MULHER Que coisa!
MARIDO Não é difícil de acreditar?!
MULHER SEU CRETINO! (Irritada)
MARIDO Meu bem...
MULHER Está me achando com cara de boba?! De palhaça?! Eu sei o que aconteceu com essa aliança. Você a tirou para namorar. É o não é? Chega tarde em casa, e ainda tem a cada de pau de inventar uma história que só uma imbecil acreditaria.
MARIDO Mas, meu bem...
MULHER Eu sei onde está essa aliança. Perdida em algum tapete felpudo. Seu sem-vergonha!

CENA 3: O marido resolve mentir para a esposa.

MARIDO Se eu contar a verdade para minha mulher, ela não acreditará. Já sei!
MULHER Por que o atraso? Muito trânsito? Por que está cara? (Silêncio) O que houve com sua aliança?
MARIDO Tirei para namorar e acabei perdendo-a. Não tenho desculpas. Se você quiser encerrar nosso casamento agora, compreenderei.
MULHER (Sai correndo para o quarto. Chora. Depois, reaparece no palco) Estive pensando... O mais importante é que você não mentiu para mim. Está perdoado!
(Os dois dão as mãos e saem de cena)



Banheiro Feminino
Texto original de Affonso Sant’Anna

Adaptação de Lara G. Botelho, Yara G. Gomes, Gustavo B. O. Araújo, João Paulo F. Silveira, Pedro H. C. Pereira e Márcia C. P. Fialho.
(Alunos dos 8º Ano)

Estavam sentados na roda de um bar alguns amigos: Ronaldo, Gabi, Fred, Laís, Laíza e o dono do bar Pepe.

PEPE Vão querer alguma coisa?
RONALDO Sim. Pode trazer uma cervejinha.
GABI Alguém vai ao banheiro comigo?
(Saem Gabi, Luíza e Laís)
FRED Mulher é assim mesmo, não vai sozinha ao banheiro.
PEPE Iaê Fred! Garrou muitas nesse carnaval?
FRED Garrei nada vei, as minas estavam muito difíceis nesse carnaval.
(No banheiro, as garotas conversam)
LAÍS Luíza, como está seu namoro com Ronaldo?
LUÍZA Ah! Não estou muito bem com ele não, acho que vou separar daquele trouxa.
GABI Mas, por quê? Ele é tão gente boa!
LUÍZA Você fala muito, mas não está namorando o Fred, por quê?
GABI Ah, ele é muito fácil, na verdade, eu gosto do Jorginho.
LAÍS e LUÍZA Mentira!!! (Surpresas)
GABI Pois é isso mesmo. Mudando de assunto, outro dia, descobri na internet um site ‘banheirofeminino.com.br’, não resisti e entrei para ver.
LUÍZA Deixa de ser boba, só criança acessa esses sites.
(Elas voltam para mesa)
FRED Demoraram meninas.
LAÍS Demoramos não!
GABI Iaê, do que estavam conversando?
RONALDO Na verdade, estávamos com uma grande dúvida. O que rola no banheiro feminino?
(Todos riem)
FRED Eu sei, eu sei! Elas vão para retocar o batom, a maquiagem, dar uma olhada no cabelo. Mas, vão também por outras razões, aposto!
GABI Sim. Vamos para fofocar um pouco, para trocar informações sobre os gatos que estão na festa, no bar ou no restaurante. Vamos para sondar se a outra percebeu as piscadinhas as indiretas do gatinho.
RONALDO Pois eu acho que as mulheres só se levantam da mesa para ir ao banheiro porque querem se exibir para os homens.
LAÍS Isso é mentira!
PEPE Não vamos começar a brigar. O fato é que uma chama, e a outra vai. Às vezes, vão várias delas juntas. É um tipo de convite quase semelhante ao “Vamos fazer compras?”, “Tomar um sorvete?”. É um convite feito com uma naturalidade tal, como se esse fosse um ritual que já estivesse inscrito no genoma feminino.
FRED Mulheres são seres fascinantes, cheias de amoráveis segredos.
RONALDO Mas o fato é que homem não convida homem para ir ao banheiro.
LUÍZA Não vou dizer que homem não conversam sobre intimidades. Mas, é mais raro. Conversam sobre automóveis e imóveis.
PEPE Essa história dos banheiros femininos, talvez venha confirmar que as mulheres são seres muito mais sociais que os homens.
LUÍZA Homens são mais individualistas, mais fechados, que não vão se abrindo assim os seus segredos.
GABI Já a mulher, com um minuto de conhecimento, é capaz de contar impasses do casamento, com a mesma naturalidade como se estivessem comentando jóias e vestidos ou como se fosse amigas de infância.
LUÍZA Pronto gente, agora que já tiramos a dúvida do Ronaldo, podemos ir embora né? Já está tarde!
(Todos saem)

O Ator

Texto original de Luis Fernando Veríssimo.

Adaptação de Glaudyson S. Generoso, Luis Eduardo P. Manhães, Maria Clara F. Silva, Meikmiliceliany V. Machado, Ranyelli M. Ribeiro e Tamires P. Coelho. (Alunos do 8º Ano)

DIRETORA (Grita) Corta! Essa fala era para dizer depois que entrasse na cozinha.
ATOR (Assustado) O que significa isso? O que está acontecendo?
DIRETORA Como assim? O que você está dizendo?
ATOR (Nervoso) Eu digo o que eu quero! Está casa é minha!
DIRETORA Corta! (Olhando para o Ator) Está bom, mas acho que dá para ser mais convincente!
ATOR Que? Quem é você? O que você pensa que está fazendo? Esta é minha casa, meus filhos, a minha mulher! SAIA DA MINHA CASA! Você não vai filmar nada! Nada!
(O Ator e o diretora saem rolando no chão)
VOZ Corta!

Nenhum comentário:

Postar um comentário